
Você tenta provar, a vida inteira, que é o que o Outro viu em você?
Teoria do espelho de Lacan: entenda por que você vive tentando corresponder a uma imagem que nunca foi sua.O bebê, nos primeiros meses de vida, não tem noção de si como um todo.
Ele se percebe em pedaços: movimentos desconexos, sensações soltas.
É o corpo fragmentado.
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Quando o bebê se vê no espelho e o Outro (geralmente a mãe) valida essa imagem com um olhar, nasce a identificação imaginária.
A criança pensa: <strong>“Sou aquilo ali, sou esse todo.”</strong>
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Mas essa imagem de completude é uma ilusão.
Ela não vem de dentro, mas do campo do Outro — que aponta, nomeia, idealiza:
“Você é esperto.”
“Você é frágil.”
“Você é o meu orgulho.”
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A criança é capturada por essa imagem.
E passa a existir para corresponder ao que viu no espelho — e ao que o Outro viu nela.
A partir daí, tenta o impossível: ser o ideal do Outro.
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Você acha que faz escolhas autênticas?
Talvez esteja só tentando sustentar a imagem que te prometeram.
Lacan chama isso de alienação: o sujeito nasce já marcado pelo desejo do Outro.
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E assim seguimos: tentando provar que somos capazes, bons, amáveis.
Mas nunca é suficiente, porque o desejo do Outro é insaciável.
Você corre atrás de um lugar que nunca foi seu.
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Saber disso é o primeiro corte.
A psicanálise não oferece uma nova imagem, mas uma travessia:
sair da ilusão e encontrar o que você é para além do olhar do Outro.
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Quantas das suas escolhas são suas?
Quantas são tentativas de provar algo para alguém?
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Agendeu seu horário:
Heiby Schiavinato
Psicóloga Clínica
CRP 06.215065
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