Quando a tristeza vira sofrimento: como entender o que está acontecendo com você?
- Ana Paula Silva Rodrigues
- 7 de abr.
- 2 min de leitura

Você já se sentiu tão triste que parecia que essa sensação não ia passar? Já teve dias em que levantar da cama parecia uma missão impossível? Ou noites em que a ansiedade não deixava você dormir, porque sua mente não parava de pensar no pior? Se você respondeu “sim” para alguma dessas perguntas, saiba que você não está sozinho — e o que você sente tem nome, tem explicação e, o mais importante, tem cuidado.
A tristeza faz parte da vida, mas até quando é normal?
Sentir tristeza é natural. Todos nós passamos por momentos difíceis: uma perda, um término, problemas financeiros ou familiares. Esses sentimentos fazem parte da experiência humana. No entanto, quando a tristeza se torna constante, profunda e começa a interferir no seu dia a dia — como no sono, no apetite, no trabalho ou nas relações — ela pode estar se transformando em um transtorno depressivo.
A depressão é muito mais do que “estar para baixo”. Ela é um sofrimento real, com sinais que podem ser identificados, acolhidos e tratados.
Sinais de que algo não vai bem
Alguns sinais que podem indicar que a tristeza virou algo maior incluem:
Sensação de vazio constante ou desesperança;
Falta de energia, cansaço sem motivo;
Perda de interesse por coisas que antes você gostava;
Dificuldade de concentração ou de tomar decisões;
Mudanças no sono e no apetite;
Pensamentos negativos frequentes, inclusive sobre a vida não ter mais sentido.
Além disso, muitas pessoas não sentem só tristeza, mas também ansiedade intensa, medo de que algo ruim vá acontecer, sensação de aperto no peito, sudorese, falta de ar e pensamentos acelerados. Esses sintomas podem fazer parte de transtornos ansiosos, que também são muito comuns e muitas vezes aparecem junto com a depressão.
Por que isso acontece?
Não existe uma única causa. Os transtornos mentais podem surgir por diversos motivos: situações difíceis da vida, histórico familiar, traumas, pressão social, falta de apoio, uso de substâncias ou alterações químicas no cérebro. Em pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade — como pobreza, violência, discriminação ou abandono —, esse risco pode ser ainda maior.
É importante entender que ninguém escolhe ficar assim. Da mesma forma que um corpo adoece, a mente também pode adoecer.
Existe saída — e você não precisa passar por isso sozinho
Buscar ajuda não é fraqueza — é um sinal de coragem. Muitas vezes, só de conversar com alguém de confiança, já sentimos um certo alívio. Mas quando o sofrimento persiste, é importante procurar um profissional da saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras. Eles são treinados para acolher e tratar esses sintomas com respeito, sem julgamento.
A boa notícia é que existe tratamento, e ele pode incluir psicoterapia, medicação (quando necessário), mudanças no estilo de vida, apoio social e atividades que tragam bem-estar. E quanto antes a pessoa buscar ajuda, maiores são as chances de melhora.
Ana Paula Silva Rodrigues
Psicóloga Clínica - CRP 06/216890
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