Por que estar muito acima ou muito abaixo do peso afeta a autoimagem?
Entende-se por autoimagem a representação mental que uma pessoa tem de si mesma, seja do ponto de vista intelectual e social, seja em relação à aparência física.
A partir do modo como enxerga a si mesma, a pessoa formará um autoconceito, o que poderá afetar a sua autoestima de forma positiva ou negativa, a depender, claro, do contexto em que esteja inserida.
É positiva, a autoimagem que considera um autoconceito realista de si mesma(o), a confiança que tem em si, a consciência dos pontos fortes e fracos que possui e a capacidade de si amar. Já do ponto de vista negativo, a autoimagem não saudável leva em conta aquela comparação que gera ciúme, inveja, incapacidade e até mesmo ansiedade por não ser igual ao outro.
Lembre-se, ninguém precisa ser igual a ninguém!
A comparação por si só é positiva quando é feita no sentido de tomar o outro como referência para desenvolver e ou aprimorar habilidades pessoais, e não para ser igual a ele.
Mas, e a composição corporal, o que ela tem a ver com a autoimagem?
Se em parte, a autoimagem tem a ver como uma pessoa enxerga a si mesma por dentro e por fora, diga-se de passagem, o modo como se vê no espelho pode afetar a maneira como “cuidará” de si mesma, seja fisicamente, seja emocionalmente.
Do ponto de vista físico, saber sobre a composição corporal tem a ver com a saúde e boa forma do corpo e ela varia de acordo com a idade, sexo, estilo de vida, contexto social, entre outros fatores. Normalmente faz-se uma avaliação corporal quando se quer melhorar a saúde, que por algum motivo esteja alterada – seja porque a pessoa está muito acima ou abaixo do peso, por exemplo. Embora haja uma tendência maior de os atletas buscarem por essa avaliação, porque querem melhorar a performance no esporte que praticam, uma pessoa comum – não atleta – que queira verificar se o seu peso e ingestão de nutrientes está compatível com o seu estilo de vida, também poderá fazê-lo.
Por que chamar a atenção para este cuidado?
Várias condições podem alterar a composição corporal de uma pessoa com o passar do tempo – o envelhecimento, o climatério, a menopausa, o adoecimento, ou até mesmo, os fatores emocionais. Ou seja, tanto os fatores internos como os externos contribuem para que a autoimagem seja afetada. Embora, em muitas circunstâncias, seja natural que ocorram essas alterações, como com o envelhecimento, a depender do contexto, é importante que a pessoa esteja preparada para passar por ela. Por isso informar-se a respeito, buscar ajuda especializada, consultar-se com profissionais de saúde, como médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, entre outros, é uma maneira de conhecer o que a sua mente e o seu corpo precisam para se manterem em sintonia e em equilíbrio.
Em si tratando de pessoas com peso muito acima ou muito abaixo do ideal, há que se chamar a atenção para várias complicações de saúde relacionadas à obesidade como o diabetes tipo 2, doenças cardíacas, derrames e câncer. Da mesma forma, com a anorexia e a bulimia – quando se está muito abaixo do peso – podem fazer com que o corpo não funcione adequadamente em função da perda de nutrientes, tornando os ossos, músculos, cabelos e unhas fracos e quebradiços; além de levar ao desenvolvimento da hipotensão arterial, respiração e pulso lentos; letargias, lentidão e cansaço; as pessoas podem se tornar estéreis e o coração e o cérebro podem sofrer danos. E, na pior das hipóteses, chegar ao óbito.
São as emoções que contribuem para o excesso de peso ou a perda excessiva dele?
Tanto na obesidade como na anorexia e bulimia, as emoções se constituem em fatores que podem estar contribuindo para manter essa condição, o que afeta a saúde, não só física com a mental. É comum, por exemplo, que muitas pessoas comam em excesso em resposta ao estresse, à ansiedade e à tristeza. Ou que deixem de comer pelos mesmos motivos.
Aprender a lidar com as emoções de maneira saudável é uma forma de evitar que a comida seja associada ao alívio emocional. Muito se fala em mudança de comportamento através da associação de atividades prazerosas para lidar com o estresse e a ansiedade, como a prática atividades esportivas – caminhada, corrida – ou de meditação, yoga, pilates e exercícios de respiração acompanhadas ou não de sessões de psicoterapia e nutrição.
Entender como o corpo e a mente funcionam para cada pessoa, ajuda a estabelecer a melhor estratégia para se alcançar o equilíbrio entre eles. Ter ou não um peso muito acima ou muito abaixo do esperado pode afetar a autoimagem que a pessoa fará dela mesma. E, a depender do meio em que cresceu e trabalha, isso pode implicar em sentimentos de vergonha, constrangimento, “bullying” e exclusão. Saber lidar com isso é um primeiro passo para começar a se ver de outra forma.
Sendo assim, é importante que a pessoa aprenda a si conhecer como uma forma de descobrir o que tem de melhor em si mesma. Cada pessoa é única e, portanto, tem um modo único de agir e reagir aos acontecimentos da vida. E descobrir como seria a maneira mais saudável de si comportar perante os acontecimentos é um aprendizado para a vida toda e que inclui, entre outras coisas, dialogar respeitosa e gentilmente consigo mesma, reforçando aqueles aspectos que a fazem bem.
Conseguir incluir em sua agenda, a prática de atividades físicas regulares, de relaxamento, sono adequado e nutrição, contribuirão em conjunto e de forma equilibrado para o alcance do bem-estar emocional, e por consequência, para a saúde mental, melhorando, assim a autoimagem. Não se trata aqui de fazer dieta e atividade física para atender a um requisito estético, mas sim, descobrir como o seu organismo funciona, para que ele receba os nutrientes adequados e consiga movimentar-se adequadamente conforme as demandas do dia a dia, de tal forma que o envelhecimento natural permita que a pessoa se mantenha autônoma e independente.
Busque sempre que possível se informar. Procure por uma avaliação de um profissional da saúde. Busque se conhecer para que saiba escolher o que é ideal para você. Pratique aquelas atividades físicas que mais goste para que consiga manter constância, alimente-se adequadamente e durma bem.
Ustane Moreira
Psicóloga: CRP 04/14.823
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