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Foto do escritorRodrigo Cruz

BURNOUT E A RELAÇÃO COM O TRABALHO. TENHO BURNOUT?

O burnout é um transtorno psicológico complexo que envolve sintomas como depressão, ansiedade e até estresse pós-traumático. Embora não seja oficialmente reconhecido como uma condição independente no DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o burnout já está incluído na CID-10 (Classificação Internacional de Doenças). Esse distúrbio está estreitamente relacionado ao nosso vínculo com o trabalho. Profissões como as de professores e policiais são especialmente vulneráveis ao burnout, devido às condições de trabalho desgastantes, como jornadas exaustivas e falta de reconhecimento e infraestrutura adequada.

Os sinais de burnout variam bastante e podem englobar desde ausências frequentes ao trabalho até comportamentos agressivos, isolamento, oscilações de humor, dificuldades de concentração e até sintomas físicos, como dores de cabeça e insônia.

O conceito de burnout foi inicialmente abordado de maneira literária por Graham Greene, no romance "A Burn Out Case", que narra a história de um arquiteto que perde completamente o sentido e prazer pela vida. Isso destaca como a profissão pode afetar profundamente nossa percepção de nós mesmos. O burnout possui diferentes dimensões, como a exaustão emocional, o cinismo ou despersonalização, e a redução da realização pessoal. A exaustão emocional se traduz em um cansaço profundo e na falta de controle sobre as emoções. O cinismo, por sua vez, é uma reação de distanciamento e desapego do trabalho, enquanto a redução da realização pessoal está relacionada à queda na autoconfiança e na percepção de eficácia no trabalho.

Existem dois fatores principais que contribuem para o desenvolvimento do burnout: os fatores organizacionais e os individuais. No caso dos fatores organizacionais, podemos citar a sobrecarga de tarefas, a falta de autonomia, a sensação de injustiça, a carência de apoio social e condições de trabalho inadequadas. Já entre os fatores individuais, traços de personalidade como o neuroticismo, o locus de controle externo e o enfrentamento emocional focado em sentimentos também desempenham um papel importante.

Diante disso, se você se encontra insatisfeito com seu trabalho, é fundamental refletir sobre a possibilidade de mudança. O planejamento cuidadoso e a conversa com profissionais da área em que você pretende atuar podem ajudar nesse processo. Afinal, o trabalho ocupa uma grande parte da nossa vida, e é essencial que ele tenha, no mínimo, um grau de satisfação e sentido. Por isso, vale a pena pensar sobre como você se relaciona com a sua profissão e buscar alternativas que promovam seu bem-estar.



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