O estresse pode nos deixar exaustos, principalmente quando nossos relacionamentos não estão bem.
Já parou para pensar em: até que ponto uma determinada reação emocional incomoda você?
Que sentimentos essas reações provocam em você?
E você sabe como lidar com essas reações?
Às vezes, não somos capazes de saber quando uma dada situação é capaz de disparar uma determinada reação. Nossas emoções e reações corporais tendem a dominar os nossos pensamentos e saber reconhecer quais seriam os gatilhos que as provocam, nos ajuda a reconhecer e antecipar as estratégias que podemos adotar para controlar a situação.
Em muitas ocasiões, é difícil perceber que determinadas reações que temos são provocadas por pessoas que nem sequer sabem disso, como também sabem e fazem de propósito. Mas, inicialmente ficamos aborrecidos com a situação, pensando que elas não precisavam agir daquela maneira e fazemos de tudo para mudá-las.
Mas já parou para pensar que não temos todo esse poder?
E há também reações provocadas por estímulos inconscientes que tem a ver com a nossa própria história de vida e outros contextos sociais.
Contudo, existem algumas estratégias que podemos utilizar para lidar com essas situações e umas delas é entender que, por mais difícil que seja, o poder de escolher como os outros agem é deles. E que as escolhas que fazemos são nossas, pois o ressentimento permanente tende a prejudicar muito mais a nós mesmos do que a eles, nos deixando muito estressados ou esgotados.
Talvez você esteja pensando: infelizmente não posso me afastar dessas pessoas – essa poderia ser outra estratégia – pois é parte da minha família ou do meu trabalho, por exemplo. Se fosse um conhecido qualquer, bastava me manter distante dele.
Concordo com você. E entendo que nenhum relacionamento é fácil de ser conduzido. Mas isolar-se ou fechar-se para evitar maiores danos, embora seja muito natural para não nos machucarmos e nos manter seguros, e até mesmo para punir quem nos prejudica, acaba por se reverter em autopunição, já que você pode se sentir paralisado, retraído ou deprimido diante daquela situação.
Então, se lembrarmos que temos escolhas, por que não sermos generosos conosco? Manter-se aberto a conversar e a trocar informações pode ser mais uma estratégia.
Você pode conversar com aquela pessoa – se ela estiver aberta a uma conversa e, da mesma forma, incomodada com a situação. Muitas vezes, o que está faltando é compartilhar o que sente com ela, tal como você gostaria que fosse compartilhado com você. Não se trata de culpar ninguém, que fique bem claro! Isso envolve, buscar dentro de nós mesmos, o que temos de melhor para oferecer.
Mas se o outro não quiser ouvir? Lembre-se que o problema é dele.
Ah! Mas eu me sinto tão estressada com tudo, que não consigo mais enxergar o que há de melhor em mim e em meu relacionamento. Talvez você esteja pensando assim. E nesse caso, conversar com alguém a respeito pode ajudar a clarear os pensamentos.
O estresse de fato esgota nossa energia, nos faz enxergar a vida desprovida de sentido e sem possibilidades. Prejudica o nosso sono, cuja ausência compromete nossa capacidade de raciocínio e de nos percebermos como um ser humano que reage diante dos acontecimentos. Nos impede de enxergar, inclusive, se estamos ou não mantendo um relacionamento tóxico.
O que fazer, então?
Se você já fez o que pode e não funcionou, procure por ajuda de uma terceira pessoa, que a partir de um olhar diferenciado e neutro, te ajudará a enxergar a situação com outros olhos. As vezes você precisa se sentir fortalecida(o) para saber o que fazer por si mesma(a).
Ustane Moreira
Psicóloga: CRP 04/14.823
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