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Foto do escritorRaísa Suzuki

Finalizando... Sobre transtornos de humor. Foco: a bipolaridade. (Parte VI)


Finalizando nossa trilha!


Há mulheres com contraindicações para fazerem reposição hormonal. Um exemplo de medicação que não pode ser usada nunca em uma mulher que está tentando engravidar é o Depakote, que ocasiona má formação no feto.

O lítio contraindicado no primeiro trimestre. A partir do segundo a quarto trimestre, pode liberar o uso, porém 48 horas antes do parto não se deve tomar a medicação. Além disso, a mulher não pode usar o lítio durante a amamentação.


Alterações hormonais vêm com alterações no afeto, corporal, comportamento, pensamento, emoções, etc. Hipotireoidismo (mulheres) têm uma maior tendência à depressão (oito vez mais que os homens).

Homens com pouca testosterona (abaixo de 250) deve repor, pois fica propenso à depressão. 250 a 350 de testosterona... vale a pena repor? Os médicos não entraram em consenso ainda.


Resistência à insulina, glicemia alta, também baixa sua testosterona, isso quer dizer que você pode não ter um problema de baixa testosterona. Sobrepeso e sedentarismo também provocam essa baixa de hormônio.

Doses externas de testosteronas podem deixar pessoas com TAB abrir quadro de mania ou hipomania, em especial, com irritabilidade. Não é qualquer pessoa, mas alguém com pré-disposição genética e usa doses altas de testosterona.

Pessoas que tomam testosterona, têm muito músculo e pouca gordura corporal, a taxa de absorção do remédio é diferente, por exemplo. Quando há esse quadro, de ingerir testosterona externa, irá ter litemia sérica mais baixa (lítio mais baixo no corpo).


Recomenda-se reduzir quantidade de hormônio utilizado, alguns pacientes conseguem, outros não: pois o eixo hormonal está inibido, ou seja, ele deixa de produzir hormônio pois você já estava inserindo externamente. E, se eu retiro de forma abrupta esse hormônio, a pessoa deprime.

Muitas pessoas não querer retirar o hormônio, nesses casos, não têm muito o que se fazer no consultório. Mas há pessoas que utilizaram 10, 15 anos de hormônio e quiseram retirar. É um trabalho de mais de 2 anos para isso ocorrer, usa-se estabilizante de humor, para pessoa retirar o hormônio externo e não cair em depressão.


Há uma grande quantidade de pessoas, ainda, com preconceito, medo, da medicação te deixar “dopado”, “lento”, etc. Como desfazer esse mito? O remédio correto, na dosagem certa e sendo tomado do jeito que deve ser, não ocorre efeitos colaterais muito significativos. O que pode ocorre, por exemplo, é nas primeiras semanas, algumas medicações trazerem uma sonolência, um exemplo: a quetiapina.


Mas a preocupação hoje em dia, é o equilíbrio emocional, o afeto. Nós estamos subestimando o longo prazo e superestimando o curto prazo. Por exemplo: uma pessoa com mania ou hipomania, ela pode estar produtiva por alguns meses, mas logo vêm meses de depressão, que poderiam não ocorrer se ela estivesse estabilizada.


Se essa pessoa pensasse a longo prazo, ela se cuidaria para ficar cada vez mais estabilizada e, consequentemente, produtiva. As crises depressivas seriam cada vez menores e mais espaçadas. Esse é o nosso córtex pré-frontal lutando para que a gente deixe de fazer algo bom hoje, mas que daqui 30 anos será benéfico.


Espero que tenham gostado da trilha desse assunto que é um dos meus prediletos dentro da psicologia. Desejo que os textos te fizeram pensar, aprender um pouco mais sobre a doença e retirar o estigma que ela possui. Conhecimento nunca é demais.



Obrigada por ter chegado até aqui e também ser um apaixonado ou apaixonada pela Psicologia!


Até breve! 😊

Raísa Suzuki

CRP-06/138639



Telefone e WhatsApp para contato: (11) 9 7210 5643





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