As emoções das pessoas são influenciadas por outras pessoas que estão ao seu redor. Isso significa que, ver outras pessoas infelizes pode levar outras a ficarem tristes também. Porém, essa influência pode ser adaptativa porque uma emoção similar possibilita um fortalecimento nas interações sociais, promove comportamentos semelhantes, e facilita o relacionamento social. Então, por um lado, isso não é algo negativo. Correto?
Na Psicologia Social vemos dois tipos de grupos:
• Endogrupo: uma pessoa consegue se identificar com um grupo social;
• Exogrupo: uma pessoa não consegue se identificar com um grupo social.
Geralmente, as pessoas têm uma maior facilidade em mudar suas crenças, comportamentos e atitudes para estar de acordo com o endogrupo.
Nas teorias evolutivas, podemos explicar que existem mais vantagens quando estamos inseridos em um endogrupo, porque buscar a semelhança dos membros do grupo pode ajudar na adaptação, e as chances de sobrevivência e reprodução aumentam, através da proteção e o fornecimento de recursos materiais que esse grupo pode oferecer. Além disso, o endogrupo também oferece um sentimento de pertencimento e autoestima - e aqui é onde temos que prestar atenção, porque nós sempre buscamos esse sentimento de pertencimento.
> Vamos de exemplo:
Pedro está querendo cursar medicina. Sabemos que é um período de preparação que exige muito estudo, foco e o mínimo de dispersão possível.
Pedro não vai conseguir passar em medicina, se ele ainda está inserido em um grupo social que está fora da sua realidade. Ou seja, amigos que saem para festas, bares, que não possuem uma rotina, etc.
Pedro precisa estar perto de pessoas que estão no mesmo barco. É nesse grupo social que Pedro vai ter ajuda para adaptar-se ao período estressante e desgastante de estudos, e as chances de conseguir o que almeja aumentam. Afinal, Pedro vai receber suporte que precisa para aquele momento da vida.
Os amigos do exogrupo não fazem ideia do que Pedro precisa. Diferente dos amigos do endogrupo.
Isso significa que Pedro vai cortar todos os laços com os amigos que não fazem parte da sua atual circunstância? Não. Mas você percebe que, se ele continua tendo um contato maior com os amigos que estão sempre em festas, a vontade do Pedro para estudar (fazer o que ele realmente precisa) será mínima?
Nós temos essa necessidade de pertencimento. Pedro vai estar, o tempo todo, achando que ele não pertence mais ao grupo. Essa ideia de exclusão é como se fosse uma ameaça. Então, ele vai fazer de tudo para agir exatamente igual ao grupo social.
Algumas pesquisas desvendaram os processos neurais que acontecem durante uma influência social:
-> A sensibilidade das pessoas à recompensa social (pertencer ao grupo) e à punição (exclusão), muda a sua suscetibilidade para as influências sociais.
-> A região neural onde rastreiam os sinais de recompensas (estamos sempre buscando por recompensas), motivam as pessoas a mudar o comportamento para estarem alinhadas com o restante do grupo em questão.
-> Por outro lado, quando uma pessoa sente receio de ser rejeitado e, dessa forma, evita a exclusão social, uma outra região neural que detecta conflitos é ativada.
Ou seja, em termos de influência social, nós buscamos um feedback positivo (recompensa) de outras pessoas.
Então, sim. O meio influencia.
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Maria Caroline Maia Brasil Pinheiro Psicóloga Clínica | CRP: 17/6951
Contato: (84) 99601-0304
Instagram: @carolinemaiabrasil
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