No contexto que o Frankl escreveu essa frase, ele estava falando sobre as pessoas que sucumbiam no campo de concentração, que "entregavam os pontos". Para ele, seus companheiros se rendiam a "existência provisória" de um prisioneiro. Eles não sabiam quanto tempo ainda teriam que passar no campo. Com esta incerteza do fim, eles não conseguiam viver voltados a um alvo ou ao futuro, seu interior definhava e consequentemente não conseguiam enxergar além disso. Tinham a tendência de olhar apenas para o passado e suas glórias, e o presente, era desvalorizado. Assim, eles abandonavam a si mesmos, pois "tudo estava perdido".
Mas, apesar das privações daquele contexto, existe "a liberdade última de assumir uma atitude alternativa frente às condições dadas". Essa liberdade humana que "não se pode tirar, permite, configurar a vida de modo que tenha sentido."
Por isso, o nosso potencial humano é desperto interiormente, mesmo em situações condicionantes, onde temos a dificuldade de enxergar outra perceptiva além do sofrimento.
Referência: Frankl, Viktor. "Em busca de sentido". Rio de Janeiro: Vozes, 2020.
Wiriandson Pinto
Psicólogo - CRP 13/12001
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