Os pais que vão se fazendo desnecessários para os filhos, vão estimulando a autonomia física, emocional, cognitiva e social, por meio da educação maternal e paternal. Sim, é preciso reprimir esses impulsos de querer colocar a cria debaixo da asa, proteger de todos os erros, tristezas e perigos o tempo todo e para sempre.
“Se eu eduquei direito, tenho que me tornar desnecessário”.
Ser desnecessários, não é deixar que o “amor incondicional” provoque dependências eternas nos filhos, a ponto deles não se desenvolverem como membros autônomos e produtivos dentro de uma sociedade. O filho de uma mãe que vai se fazendo desnecessária, é confiante, independente, capaz de pensar e agir por contra própria. Ele irá aprende a traçar o seu rumo, a fazer suas escolhas, a superar suas frustrações e não ter medo de admitir e arcar com as consequências de seus erros. Deixe seu filho fazer, ensine-o com paciência, elogie o processo e o estimule continuar até acertar.
Pais são aqueles que procuram proteger seus filhos de todos os perigos e situações desconfortáveis possíveis. Embora possa parecer que essa superproteção é uma forma de amor e cuidado, na verdade pode ter efeitos negativos significativos na saúde física e emocional das crianças. A superproteção leva a uma falta de autonomia nas crianças, o que pode afetar o desenvolvimento emocional e social. Quando os filhos são superprotegidos, eles não têm a oportunidade de tomar decisões independentes e lidar com desafios e problemas por conta própria.
Os pais também podem impedir que as crianças desenvolvam sua própria identidade e tomem suas decisões. Fato que pode levar a uma falta de senso de controle sobre suas próprias vidas. Logo, os jovens possivelmente não aprenderão a lidar com situações desafiadoras e ficarão ansiosos e estressados quando confrontados com esses desafios. Por isso é importante permitir que as crianças tomem decisões independentes, desenvolvam habilidades de enfrentamento, tenham interações sociais e façam atividades físicas adequadas. O equilíbrio é a resposta para garantir um desenvolvimento saudável e feliz.
Se tornar desnecessário, é um ato de amor!
Referência: Artigo do Portal Raizes (Pais e filhos)
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Ana Clara Damasceno
Psicóloga- CRP 06/181018
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