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Foto do escritorRaísa Suzuki

Quando o cansaço no trabalho torna-se mais do que somente um estresse...


A Síndrome de Burnout (Esgotamento Profissional – CID 11: QD 85): “Síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. Burnout refere-se especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida”. A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. 

O termo em inglês indica esgotamento e está associado a um estado de estresse crônico misturado a depressão. A síndrome, atualmente, está num capítulo específico que aborda problemas associados ou gerados pelo emprego e/ou desemprego. Não está no capítulo de transtornos mentais, de neurodesenvolvimento ou comportamentais.


Portanto, para a OMS (Organização Mundial da Saúde), a síndrome de burnout é resultado de um estresse crônico no local de trabalho que a pessoa não administrou devidamente.  Todos os sintomas são apostos na área profissional, ou seja, somente se enquadram no ambiente trabalhista.

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como:

 

 

São manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.



Embora estivesse anteriormente associada a profissionais que experimentam estresse elevado, como policiais e bombeiros, atualmente, esse esgotamento pode ser identificado em qualquer área de atuação. Quando a profissão envolve saúde e, consequentemente, a cobrança por salvar vidas, a situação pode piorar.


Burnout pode evoluir para o estado de depressão profunda, por isso, aos primeiros sintomas é essencial procurar apoio profissional. Estima-se que, no Brasil, 32% dos profissionais sofram de esgotamento no ambiente de trabalho.

Enquanto o burnout pode ser resultado da insatisfação pessoal e com o ambiente de trabalho, a fadiga por compaixão refere-se à exaustão emocional, com reflexos psicossomáticos, como perda de memória, pensamentos negativos, sentimentos de medo, tristeza e raiva, cefaléias, hipertensão e dificuldades para dormir, entre outros.


Grande parte da população ativa passa, ao menos, um terço do dia trabalhando. Por isso, é importante estar bem física e emocionalmente para aguentar o cotidiano corporativo e encarar os desafios profissionais com saúde.

Porém, em alguns casos não é o que acontece. O estresse e a pressão acabam pesando tanto que o paciente acaba chegando a um ponto de exaustão emocional. E esse quadro, conhecido como síndrome de burnout, pode ser muito prejudicial e afetar a sua vida toda.


Na tradução para o português, a palavra burnout está relacionada a algo que parou de funcionar por causa da exaustão e a principal característica da doença, que é mais comum entre os profissionais que se envolvem direta ou indiretamente com outras pessoas, como, por exemplo, cuidadores, é justamente uma exaustão emocional.


Esse distúrbio psíquico está entre as doenças relacionadas ao trabalho que mais geram preocupação, pois, além de fazer com que o indivíduo perca sua motivação profissional e não se sinta realizado com sua carreira, acaba afetando sua saúde física e mental.


O estado de tensão emocional e destresse crônico devido à pressão do trabalho alteram o comportamento e o humor do paciente, deixando-o mais irritado, agressivo e negativo, por vezes apático e até depressivo. Com isso, a autoestima é afetada a ponto de ele se isolar e começar a se ausentar do trabalho.


Além disso, muitas vezes a ansiedade o impede de dormir e de se concentrar nas tarefas, e é quando os sintomas físicos podem começar a aparecer. Entre eles estão o cansaço, a pressão alta, dores de cabeça e musculares, transpiração excessiva e até crises de asma e de gastrite.



É possível evitar o estresse e a exaustão profissional com pequenas atitudes:


Antes de mais nada, se você está se sentindo insatisfeito e infeliz em sua carreira, é necessário rever o que pode estar errado. Procure fazer uma mudança, seja dentro do ambiente de trabalho ou mesmo trocar de empresa. Sua saúde precisa ser sua prioridade!

Ademais, é essencial não exagerar nas horas de trabalho, se dando tempo para realizar atividades prazerosas e relaxantes, descansar e socializar. Noites bem dormidas (pelo menos 7 a 8 horas de sono), uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios físicos também ajudam com crises de ansiedade e estresse e fazem parte da prevenção e tratamento da síndrome de burnout.


Diagnóstico de burnout:

 

O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.

Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert.

também ajudam a estabelecer o diagnóstico.


Obs: A escala Likert é um modelo de escala de questionários usado em pesquisas de opinião e de satisfação de clientes.

Ela permite mensurar o ponto de vista e a postura dos consumidores de forma escalonada, indo, por exemplo, de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”. Criada por Rensis Likert, professor de sociologia, psicologia e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais de Michigan, a proposta da escala Likert é verificar quanto os clientes concordam ou não com uma afirmação, por exemplo, “A nossa solução foi fácil de ser instalada?”

Mas por que saber a opinião dos seus consumidores é tão importante? Porque é por meio desse feedback do cliente que você consegue avaliar, de maneira real e precisa, os pontos positivos e negativos dos seus produtos e serviços.

 

Tratamento do burnout:

 

O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados para ajudar a controlar os sintomas.

 

Recomendações para pacientes com burnout:

 

  • Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou mesmo tratar a síndrome de burnout;

  • Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;

  • Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental;

  • Avalie também a possibilidade de propor uma nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais;

  • Ouça a opinião de seus familiares, amigos e colegas: Quem tem burnout, muitas vezes não percebe;

  • Não hesite em procurar ajuda profissional. A saúde mental é tão importante quanto a física.

 

Perguntas frequentes

 

Tenho receio de relatar meu estado ao RH e sofrer alguma punição. O que fazer?

A principal recomendação é procurar primeiramente atendimento médico ou psicoterápico. Ao relatar esse temor, o profissional poderá conduzir o caso de forma que você não seja prejudicado.

 

Portadores de burnout têm direito a licença médica?

Sim. Pela legislação atual, portadores de burnout têm esse direito e, em casos considerados graves, até à aposentadoria por invalidez.

 

Qual profissional devo procurar?

Um psicoterapeuta ou psiquiatra. Ele pode receitar terapia cognitiva comportamental ou outro tipo de atendimento psicológico. Eventualmente, medicamentos entram em cena, com o uso de antidepressivos.

 

Existe tratamento no SUS?

O tratamento para problemas relacionados a transtornos mentais é oferecido de forma integral e gratuita por meio SUS. Basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), responsável pelo primeiro atendimento ao paciente, e o caso será encaminhado aos centros especializados para cada tipo de atendimento.

 

Quando desconfiar que uma pessoa está passando por problemas de esgotamento profissional?

Geralmente conseguimos notar quando uma pessoa está estressada além da conta no trabalho. Repare se há exagero no uso de estimulantes, como café, refrigerante e cigarro para permanecer alerta. O uso de álcool como forma de relaxamento também pode aumentar, e quem convive com o paciente muitas vezes é capaz de perceber a mudança no consumo.


FONTES:

Síndrome de Burnout: uma doença do trabalho na sociedade de bem-estar, Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia da União Latino-Americana de Entidades de Psicologia

Síndrome de Burnout, Revista Brasileira de Medicina do Trabalho


Obrigada por ter chegado até aqui e também ser um apaixonado ou apaixonada pela Psicologia!


Até breve! 😊

Raísa Suzuki

CRP-06/138639



Telefone e WhatsApp para contato: (11) 9 7210 5643


 

 

 


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