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SOMBRA

Foto do escritor: Nathalia De AzevedoNathalia De Azevedo
O termo Sombra é utilizado pela Psicologia Analítica, para o arquétipo que ocupa um espaço um tanto oposto do nosso ego consciente. Por que esse conceito é relevante para um ator? Porque no processo de criação lidamos com as Sombras dos nossos personagens também. Então se não sabemos lidar com as nossas como vamos acessar este outro lado da personagem que é o que a torna vertical e completa? Sabe aquele “eu escondido” que rejeitamos, seja positivo ou negativo, que escondemos, esquecemos, ignoramos por algum medo fantástico de repressão, consequência da sociedade em que estamos inseridos? Podemos chamar esse fenômeno de Sombra, um arquétipo que faz parte do nosso equilíbrio e dualidade, se recebido com acolhimento e não punição. Lembram daquele livro clássico do Robert Louis Stevenson, O Médico e o Monstro (Dr. Jeckyll and Mr. Hyde)? É a representação mais acurada e lúdica do que são esses dois lados e o que acontece quando os lados não estão em equilíbrio.


A sombra é um fenômeno mais fácil de observar. Como se trata de aspectos obscuros da nossa personalidade, pode ser que a moral social entre em conflito.
               
“Nesta faixa mais profunda o indivíduo se comporta, relativamente as suas emoções quase ou inteiramente descontroladas, mais ou menos como os primitivos que não só e vitima abúlica de seus afetos, mas principalmente revela uma incapacidade considerável de julgamento moral.” (Jung)

Em contato com a verdade (luz e sombra) de seu personagem em criação, desenvolve-se uma melhor conexão, facilita o processo de empatia com aquela pessoa que vamos emprestar nosso corpo e emoções. Contudo, muitas resistências entram em ação, para dificultar o processo, uma vez que o ego se afastou a ponto de reprimi-las.

“Como se sabe, não é o sujeito que projeta, mas o inconsciente. Por isso não se cria a projeção, ela já existe de antemão… as projeções levam a um estado de autoerotismos ou autismo, em que se sonha com um mundo cuja realidade é inatingível” (Jung)

Um dos objetivos da psicoterapia é a integração da personalidade, como o que parece inferior e que foi ficando de lado, para que possamos ampliar nossa experiência e assumir a responsabilidade por isso. Quanto mais em contato com a nossa sombra. Mais equilíbrio e facilidade em ter empatia e identifica-la nos personagens que criamos.

“Infelizmente, não há dúvida de que o homem não é, em geral, tão bom quanto imagina ou gostaria de ser. Todo mundo tem uma sombra, e quanto mais escondida ela está da vida consciente do indivíduo, mais escura e densa ela se tornará. De qualquer forma, é um dos nossos piores obstáculos, já que frustra as nossas ações bem-intencionadas.”– Carl Jung – 



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