Saiba o que fazer
Por que saber se sua saúde mental está bem é um tema que precisa ser discutido?
Você saberia dizer como se faz para reconhecer que uma pessoa precisa de ajuda para cuidar de sua saúde mental?
Você saberia como agir nesse momento?
Falar sobre esse assunto torna-se necessário, pois ainda permeia no imaginário de muitos indivíduos, que um transtorno mental só acontece para algumas pessoas, e assim mesmo, para aquelas que são loucas desde sempre. Esse é um tabu que precisa ser derrubado. A saúde mental faz parte da saúde de qualquer um, que pode vivenciá-lo em qualquer momento de sua vida. Por isso, romper com esse estigma é um importante passo para superar o preconceito e buscar ajuda quando necessário. Assim como, uma pessoa apresenta um problema no coração, ela busca um cardiologista, por que não procurar por um psicólogo ou um psiquiatra quando a sua saúde mental está abalada, não é mesmo?
Alguns sinais de alerta podem ser identificados, principalmente, por aqueles que te conhecem bem e com os quais convive diariamente. Isso porque, quando conhecemos uma pessoa, é possível que ela tenha ideia de sua rotina e de como você tem o costume de lidar com os problemas diários. E, então, se você adoece, e mesmo não dizendo nada, ela consegue perceber que algo não está bem, pois o seu comportamento muda, assim como, os seus hábitos diários e o seu humor. Logo, aquelas pessoas que convivem com você, serão as primeiras a notar que o seu jeito de ser e lidar com os acontecimentos está fora do seu normal.
Sendo assim, é possível dizer, que uma pessoa está apresentando um transtorno mental é porque algo está causando um “transtorno” em sua vida, ou seja, você está fora de seu normal. Por exemplo, se você é normalmente uma pessoa tímida e passa a agir de uma forma mais extrovertida e além da conta, observa-se aí uma mudança de comportamento que pode servir de sinal de alerta, pois algo diferente está acontecendo com você.
Dentre alguns sinais de alerta que podem ser observados e devem ser levados a sério, estão: problemas com o sono, apresentar-se ansioso constantemente, afastar-se das pessoas, ter dificuldades para reter informações, apresentar alterações frequentes de humor, ter excesso ou falta de apetite, desanimar-se, chorar com frequência, irritar-se por qualquer coisa, fazer uso de drogas ou bebidas alcoólicas, ter confusão mental, ter delírios e alucinações.
Veja bem!
Não é porque você apresentou um dos sintomas acima, uma única vez, que você poderia dizer que está apresentando um problema mental sério. Não se trata disso! Os sintomas precisam se mostrar presentes por um período prolongado a tal ponto que o comportamento ou o estado emocional sejam manifestados de forma intensa, ao ponto de causar algum prejuízo que afete suas habilidades no cotidiano, no trabalho, nos estudo e na vida social, por exemplo.
Lembre-se que somente um profissional habilitado é capaz de realizar um diagnóstico preciso, e é a ele que você deve recorrer se esses sinais de alerta despertarem a sua atenção ou de alguém que esteja ao seu lado, ok?
Mas digamos que você se atinou para esses sinais de alerta, e ou algum conhecido próximo conversou com você a respeito. Você saberia o que fazer?
Muitas vezes, a tendência é ignorar ou subestimar os alertas e deixar como está. Por isso, se você convive ou conhece alguém em quem percebeu que algo não está bem, tente escutá-lo e acolhê-lo para iniciar uma ajuda. Esse acolhimento inicial pode ajudá-lo a refletir sobre os seus pensamentos, sentimentos e motivá-lo a procurar por uma ajuda especializada antes que o quadro se agrave.
Se você não é um profissional da área, sua participação inicial será o de acolhimento, de escuta, de apoio e de conforto. Pode ser que seja necessário acompanhá-lo o paciente até um profissional, em busca de um tratamento para ele e de informações para que vocês dois consigam dialogar e saber como agir quanto aos cuidados. Não existe uma receita única sobre como se portar diante de uma pessoa que não esteja passando bem, pois cada um é único em suas necessidades. O que há de regra geral, é a escuta e o acolhimento que um acompanhante pode oferecer para amenizar o desconforto de quem não está passando bem.
E se você, que é uma pessoa atenta a si mesma, perceber que algo não está bem, não sinta vergonha de buscar por ajuda e por informações.
Ustane Moreira
Psicóloga: CRP 04/14.823
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