São comuns histórias de pessoas que, dentro do processo de psicoteraterapia, manifestam um certo estranhamento, desconforto em falar sobre algumas questões e acabam criando um comportamento de esquiva, faltam as sessões, desmarcam e até mesmo desistem de continuar.
Em primeiro lugar é importante frisar que além do acolhimento, a psicoterapia é um espaço para falar sobres muitas coisas que nem sempre queremos ouvir ou enfrentar, apesar de saber que elas estão alí, sendo vistas, faladas, interpretadas, por sentimentos, emoções ou comportamentos.
A acolhida e o conforto, sim, são importantes para a manutenção do vínculo terapêutico entre paciente e profissional, porém, é preciso entender que também nesse espaço, o sujeito deve se sentir seguro para falar de suas dores, ou seja, mexer em feridas, que podem desencadear reações desagradáveis que tenta evitar.
Uma vez que o paciente entende que aquela dor, pensamento, emoção ou sentimento está disfuncional, pode acontecer de a terapia se tornar um lugar de desconforto. Sentir-se assim, no entanto, não significa que o tratamento não esteja funcionando, mas que ao enxergar de maneira mais autêntica a sua dor, também se abrace um caminho para aliviá-la e até mesmo fazer com que ela deixe de existir.
Cesar de Almeida Braga - Psicologo - CRP 06/54.552
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